sexta-feira, 20 de maio de 2016

10 FORMAS DE AUXILIAR O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO SEU FILHO

Tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras é uma excelente maneira de ajudar seu filho na alfabetização. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos, ler e preparar juntos uma receita, etc.

Quando a criança é inserida nessas atividades rotineiras, ela acaba percebendo a função real da escrita e da leitura, e como elas são importantes para a nossa vida. E, dada sua curiosidade nata, ela vai querer participar cada vez mais e buscar o conhecimento dos pais.
A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. 
Abaixo destacamos 10 maneiras de deixar o ambiente de sua casa mais alfabetizador, ajudando seu filho a passar com tranquilidade pela alfabetização o que, aliás, é fundamental para ele ter sucesso nas etapas futuras do aprendizado e do conhecimento.

1.     Deixar bilhetes ou escrever cartas:
Que outra função tão importante tem a escrita que não a de comunicar? Pois desde bem cedo a criança pode perceber isso, pelas atitudes dos pais. Deixe recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). Pode-se escrever cartas para os familiares, mandar mensagens pelo facebook ou whatsapp e questionar a criança qual recado ela quer mandar. Quando receber uma carta ou uma mensagem que envolva a família, leia em voz alta. Procure incluir a criança sempre que uma situação de comunicação escrita se apresentar na casa.

2.     Preparar receitas culinárias na presença da criança:
Num ambiente alfabetizador, é importante que a família chame a criança, desde muito cedo, para participar de algumas ações, de forma que ela presencie o contato com a língua escrita, percebendo suas várias funções. Na culinária isso pode acontecer de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".

3.     Ler histórias:
Ler para a criança pequena tem muitos benefícios e, num ambiente alfabetizador, é a primeira exigência a ser feita, pois é por meio de pais e professores que a criança passa a ter contato com a língua escrita. Quando a mãe lê uma história para a criança, ela é leitora junto com a mãe. Leia com frequência para seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas do livro corretamente. 
O que pouca gente lembra é que o ato de leitura deve começar muito cedo, com crianças que ainda estão longe de serem alfabetizadas. É assim que os pequenos vão percebendo a relação entre as linguagens oral e falada; vão identificando as várias funções da escrita, para que serve cada gênero textual; e vão se tornando leitores e escritores. Ao ouvir histórias, a criança acaba percebendo que a leitura é feita da esquerda para a direita (importante para o momento em que ela vai começar a riscar), consegue diferenciar o que é texto do que é desenho, começa a notar que as palavras são escritas separadamente formando frases que fazem sentido e a adquirir noção de volume de texto. É comum, por exemplo, a criança perceber quando a mãe está pulando trechos da história (geralmente porque ela já está cansada e quer dar uma resumida na historinha). A criança vira e fala tem mais coisa aí, mamãe. Isso mostra que ela está já está amadurecendo como leitora e, embora ainda não leia, já faz o que chamamos de pseudoleitura.

4.     Ser um modelo de leitor:
Essa é a premissa mais básica de qualquer ambiente alfabetizador. A criança forma valores a partir de bons modelos e, assim, ter pais leitores é fundamental para ela aderir à leitura. Estante de livro não pode parecer santuário. As crianças têm de observar que os pais estão sempre mexendo ali, escolhendo um livro, lendo-o e comentando-o com a família. E não apenas os livros. A leitura de revistas e jornais também tem de ser um hábito dos pais.
Os pais também têm de prestar atenção ao ambiente em que fazem sua leitura, passando a impressão de que ler é prazeroso, mas também é coisa séria. O ambiente deve ser tranquilo, sem muitos ruídos, com boa iluminação, e deve-se sentar com a postura corporal correta, para não se cansar rapidamente.
* Para saber mais sobre como montar um cantinho da leitura na sua casa, acesse:
http://construindooaprender-psicopedagogia.blogspot.com.br/2016/04/saiba-como-estimular-o-seu-filho.html

5.     Explorar rótulos de embalagem:
Alguns produtos são recorrentes na dispensa de nossas casas e as crianças acabam se acostumando com a presença deles. Aproveite momentos de descontração, como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. Com o tempo, ele começa a ler por imagem, por associação. Ele pode ainda não estar alfabetizado, mas já sabe o que está escrito naquela embalagem. Os rótulos são interessantes de serem lidos porque, na maioria dos casos, são escritos em letra CAIXA ALTA, que é a qual a criança assimila antes da letra cursiva (letra de mão).

6.     Fazer listas de compras com seu filho:
Esta aí uma tarefa pra lá de corriqueira: fazer a lista de compras do supermercado. Num ambiente alfabetizador, o momento pode ser aproveitado: chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz alta.

7.     Explorar o mundo letrado:
Placas de trânsito, destino de ônibus, outdoors, letreiros, panfletos, faixas... Onde quer que frequentemos estaremos sempre em contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam aproveitados com a criança. Dá para levar em forma de brincadeira. 'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que está escrito nela?', ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Tatuapé. Tatuapé também começa com Ta, igual o nome da titia, Tatiana'. É por meio dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da escrita e fazendo associações. É uma forma não de ensinar/aprender, mas de brincar com as letras, com as palavras, com a escrita e a leitura. Além disso, brinquedinhos com palavras e números, calendários, jogos de computador, álbum de fotografia com legendas, scrapbook, tudo isso pode estar no ambiente de convivência da criança, porém desde que realmente sejam usados por ela, e não funcionem como meros enfeites do seu quarto. A criança tem de perceber a função de cada um dos elementos que é posto para ela, portanto, quando for montar um álbum com fotos de uma viagem, chame a criança para legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar? Vamos escrever aqui para não esquecermos".

8. Fazer convites de aniversário com a criança:
Escrever nos convitinhos de aniversário é uma etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela: "o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha, ou mesmo digitar.
Outra atitude interessante é escrever cartões de aniversário ou de casamento na frente da criança. "Esses nossos amigos irão se casar. Vamos escrever uma mensagem a eles para enviar junto com o presente?". A situação pode ser corriqueira para você, mas para a criança tudo é novidade. Participe-a desses momentos. Nos aniversários das pessoas da família, incentive-a a escrever algum cartão, mesmo que ela faça apenas desenhos. Pergunte que mensagem ela quis passar e em seguida faça um elogio ao seu trabalho.

    9.    Explorar a agenda telefônica:
A agenda telefônica é um bom objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da casa da vovó?".

    10. Respeitar o ritmo da criança:
Sabe o que mais pode ajudar na alfabetização de seu filho? Compreender o seu ritmo! Isso mesmo. Investir no ambiente alfabetizador é importante para que as crianças ganhem mais intimidade com a língua escrita (e dessa forma encontrem menos dificuldade quando estiverem aprendendo a ler a escrever), mas isso não quer dizer que o processo será, necessariamente, acelerado, e é importante que os pais tenham isso em mente. Lembre-se: começar a ler e a escrever mais tardiamente não representa problema de aprendizagem ou falta de inteligência. Na maioria dos casos, significa apenas que a criança ainda não atingiu um nível necessário de maturidade. A criança fica um tempo absorvendo muita informação e de repente dá aquele “click”, mostrando que conseguiu entender o processo. É literalmente um 'click', mas que acontece em momentos diferentes para cada criança.

* O que é um ambiente alfabetizador?
A partir das investigações das educadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky, apresentadas no livro Psicogênese da Língua Escrita, vários pesquisadores da área começaram a construir uma nova didática da alfabetização, chegando ao conceito de ambiente alfabetizador. No começo, houve interpretações errôneas, e professores começaram a colocar nomes nas coisas, como etiqueta com a palavra lousa na lousa, etiqueta com a palavra mesa na mesa, supondo ser assim um ambiente alfabetizador. Com as pesquisas que se seguiram, concluiu-se que um ambiente alfabetizador não somente é aquele que contém material escrito, mas aquele em que diversos gêneros textuais estão presentes e sendo usados, dentro de uma função comunicativa.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

SAIBA COMO ESTIMULAR O SEU FILHO DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO


Alfabetização significa o domínio da leitura e da escrita, mas esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita.
Uma criança sem o preparo necessário pode apresentar durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à orientação espacial, não sabendo, por exemplo, segurar o lápis com firmeza, unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode ainda ter problemas para identificar os fonemas (letras na fala) e associá-los aos grafemas (letras na escrita). Podemos também encontrar crianças que só sabem copiar textos, e durante um ditado, não conseguem escrever.
O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Este processo pode levar até 2 anos dependendo da maturidade da criança, do quanto ela é estimulada por seus responsáveis, do ritmo próprio dela e do seu preparo para a alfabetização. Este é o período considerado adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita.

* OS PAIS TÊM GRANDE RESPONSABILIDADE EM ESTIMULAR A CRIANÇA DURANTE ESSE PROCESSO.

COMO?

A 1° etapa do processo de alfabetização é a leitura partilhada.
Se a criança ainda não sabe ler, decodificar as letras e relacioná-las com seus sons, os pais devem fazer isso para ela, lendo histórias em voz alta, de preferência com livros ilustrados, assim por meio das imagens a criança pode compreender a história, além de manter sua atenção por mais tempo.
Estudos recentes demonstraram que há uma correlação entre o tempo de escuta de histórias e o rendimento posterior na compreensão de textos, ou seja, crianças que são expostas a leitura de histórias desde muito cedo, serão mais capazes de compreender textos, e logo terão melhor desempenho em todas as disciplinas.

* É NECESSÁRIO TORNAR A LEITURA UM HÁBITO.

DE QUE MANEIRA?

Organizar um cantinho próprio para ela. Sim, um cantinho da leitura em sua casa, para que a criança possa ler ou escutar as histórias contadas pelos pais todos os dias. Para que a leitura se torne um hábito, ela deve acontecer todos os dias, mas não de maneira forçada ou impositiva, mas sim de maneira agradável dentro de uma rotina bem definida (após o jantar ou o café da manhã, por exemplo).
O tempo destinado a leitura dependerá do tempo dos próprios pais. Se você puder iniciar com 15 minutos por dia, será um excelente começo. Se você não puder ler todos os dias, uma boa alternativa são os aplicativos de leitura de histórias. Mas não deixe seu filho sem ouvir histórias nenhum dia.
A leitura partilhada é uma espécie de trampolim entre a leitura em voz alta e a leitura silenciosa e isso será um grande diferencial na vida acadêmica de seu filho.
Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral.

A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras. 


Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children's Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda. Então está esperando o que para montar o cantinho da leitura na sua casa? Lembre-se que leitura deve sempre ser prazerosa e não um fardo, para isso o ambiente leitor deve ser agradável.

No cantinho da leitura você pode disponibilizar livros, gibis e revistas, e é importante mantê-lo sempre atualizado com novas histórias.



ABAIXO ALGUMAS IDEIAS PARA VOCÊ MONTAR O CANTINHO DA LEITURA NA SUA CASA. 





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Seu filho não obedece? Aprenda a mudar isto

É possível estimular seu filho a obedecer e seguir regras e combinados


“Tudo o que eu peço, ela faz o contrário. Às vezes, perco a cabeça”, "Ele finge que não entende as regras", "Acho que ela está me testando"... É muito comum escutarmos essas frases de pais que tentam impor limites na educação de seus filhos, muitos sentem dificuldade em fazer com que os filhos obedeçam. Selecionamos algumas dicas que vão acabar com essa tormenta e permitir um desenvolvimento mais tranquilo e saudável para o seu filho e menos cansaço para você.

1. Eduque sem culpa 


Entender que existem regras faz parte de um importante processo de aprendizagem da criança. Por isso, os pais devem sentir-se autorizados a educar. A educação é de responsabilidade dos pais, eles serão cobrados por isso.  Os pais que trabalham devem administrar o sentimento de culpa. Uma boa alternativa é conversar com o filho e explicar que precisa trabalhar para garantir o sustento da família, as crianças entendem, assim não deixem que o sentimento de culpa torne-se uma desculpa para não impor regras e limites. 

2. Crie um bom vínculo afetivo 

Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer. Lembre-se que para criar um bom vínculo não é necessário dar presentes ou atender as vontades e desejos da criança, mas sim brincar com ela. Sendo assim, dedique ao menos 15 minutos do seu dia para brincar com o seu filho e conquistarem momentos de cumplicidade e parceria, mesmo que você seja muito ocupado reserve esse tempo para seu filho, o que importa é a qualidade dessa interação e não a quantidade. 

3. Valorize o papel da criança 

Seu filho precisa conhecer a importância dele na família. Para isso, é bom que ele tenha o seu lugar reservado na mesa de jantar e seja ouvido pelos pais.


4. Crie uma rotina 

Utilize o bom senso e estabeleça uma rotina para o seu filho. A rotina é fundamental, pois traz segurança e faz com que a criança se sinta cuidada. Uma rotina bem adaptada ao ritmo da criança reduz a ansiedade, faz com que ela se lembre de algumas tarefas cotidianas, como escovar os dentes após as refeições, fazer a tarefa de casa, estudar e tenha um sono de qualidade.

5. Dê ordens claras 

Dialogue sempre, use linguagem adequada à faixa etária da criança e tom firme. Ao dar uma ordem, olhe nos olhos da criança. É preciso persistência: Diga o que ela deve fazer uma única vez. Aguarde alguns minutos e verifique se ela já fez o que você pediu. Se não, pegue-a pela mão e a acompanhe na execução. Repita até que ela se condicione a atendê-lo.

6. Esteja preparado para lidar com a desobediência 

Ao desobedecer, a criança busca uma satisfação momentânea, nem sempre o seu objetivo é afrontar o adulto. Por isso, aja com calma e firmeza. Não se pode dizer não aleatoriamente, mas é fundamental sustentá-lo quando for preciso, pois a criança tem que saber que ela não pode pular uma janela ou não deve agredir o coleguinha.

7. Diante da birra, fique firme 

Quando a criança começar a fazer birra, mantenha a calma. Reforce que você não poderá atendê-la naquela hora e seja objetiva. Se estiver em público, não se
preocupe com os comentários ou olhares das pessoas. Também não faça discursos ou ameaças enquanto a criança estiver chorando. Apenas tente desviar a atenção dela para outra coisa, mas não ceda! É preciso ouvir as necessidades da criança, não a birra.

8. Oriente quem cuida da criança, avós, tias ou babás 

Combine com os cuidadores as diretrizes da educação do seu filho. É importante que todos os adultos responsáveis por cuidar da criança fale a mesma língua, assim evitará que ela fique confusa ou adote comportamento duplo. 

9. Educa-se o tempo todo 

Lembre-se: educar é uma atividade contínua e você precisa dar o exemplo. A educação é um processo que não ocorre apenas em situações de desobediência. A criança aprende muito por meio do que observa em seu cotidiano, por isso, seja verdadeiro.Se enganamos ou mentimos uma vez, as crianças podem perder a confiança nos pais.


Por Letícia Macedo
http://delas.ig.com.br/

domingo, 21 de fevereiro de 2016

SAIBA COMO ESCOLHER UMA ESCOLA PARA SEU FILHO

Verificar a localização, infraestrutura e metodologia de ensino é muito importante para escolher um bom colégio

Educação é fundamental! E por mais que ela deva começar em casa, a escola é uma extensão importante dos valores que você dá ao seu filho em casa, e por isso é importante ter cuidado na hora de escolher a melhor instituição. Em geral essa escolha vai além da proximidade com a casa, o mais importante é a filosofa da escola, que deve acompanhar a da família.
O critério precisa ser ainda mais rígido quando é escolhida a primeira escola, pois a criança sai do convívio familiar para um convívio mais amplo e essa passagem deve ser tranquila. criança deverá encontrar a segurança que ela sente em casa e ao mesmo tempo 'aprender a aprender.
Além de tudo, esse ambiente representa a maior inserção da criança na sociedade, é quando ela aprende a lidar mais com pessoas diferentes. A escola é fundamental para o desenvolvimento da criança, a construção das amizades futuras, o desenvolvimento de competências, a felicidade atual da criança, entre muitos outros aspectos.
Mas não precisa ficar mais nervoso com essa escolha! Para ajudar você com essa decisão, listamos aqui os principais critérios que você deve levar em conta ao conhecer uma escola. A maioria dos critérios vale principalmente para escolas particulares, mas vale a pena tentar aplica-los ao escolher uma escola pública também.

* Questione as metas e valores da escola
O mais importante é que a escola não contrarie o que você já ensina em casa. Os valores da instituição precisam estar alinhados com a família, para que as crianças os praticarem nos dois. Isso legitima o que ela aprende na escola e é uma forma dela criar isso como um hábito ou valor, porém fique atento, nem sempre o discurso é a única questão válida, é importante observar se isso também é transmitido na prática aos alunos.
É possível verificar isso com algumas questões chave:
- Como a escola lida com casos de indisciplina?
- Como a escola realiza a avaliação escolar?
- O que faz com alunos que não atingem o nível desejado?
- Qual o grau de abertura e flexibilidade que a escola apresenta para atender as demandas dos pais?
- A escola considera alguma matéria mais relevante do que outras?

* Informe-se sobre a metodologia
Existem diversos tipos de metodologias que o colégio pode adotar como construtivismo, educação Waldorf e pedagogia montessoriana, entre muitos outros. Mas existe uma forma mais fácil de classificar, pois embora seja difícil dividir, há aquelas com uma abordagem mais 'aberta', no sentido de construir com a criança o conhecimento, e há uma linha mais 'tradicional', que se preocupa mais com a transmissão dos conhecimentos e os rankings. E entre elas existem nuances. Basicamente, algumas focam mais na construção do indivíduo e outras mais na preparação para o vestibular. O importante é verificar qual a concepção de indivíduo que a escola espera que os alunos se tornem, qual a expectativa com relação aos conteúdos e as competências e de que forma ela pretende atingir esses objetivos. Além disso, não é preciso sempre deixar a criança na mesma linha pedagógica. Uma possível ideia é colocar a criança inicialmente em um colégio mais humanista, e quando estiver mais próximo do vestibular procurar escolas focadas em conteúdo para prepará-lo.

* Atente-se ao material didático
É sempre importante visualizar o tipo de material didático. Normalmente, seguir livros didáticos permite mais flexibilidade por parte dos professores, seguindo assim uma linha mais humanista, enquanto as apostilas são mais direcionada, seguindo uma linha mais tradicional.

* Conheça os professores
Tão importante quanto os valores da instituição é saber quem são os professores que lidarão diretamente com a criança. Mas o que é importante saber sobre eles? Os aspectos mais importante são, formação, didática, relação com as turmas e os alunos, busca pela atualização, prazer no que fazem, boa relação com a coordenação e preocupação em cativar todos os alunos, e não somente os bons alunos. Uma boa forma de perceber isso é saber se a escola investe na atualização de seus profissionais e em equipe multidisciplinar, para ajudar a lidar com o comportamento das crianças em sala de aula, como com as mais agitadas ou que tem dificuldade de seguir certas regras.

* Entenda a grade curricular
O tipo de conteúdo também é muito importante. Matérias como história, matemática e língua portuguesa sempre estarão presentes, assim como inglês e filosofia, dependendo da cidade ou estado. Porém, sempre vale a pena verificar se a escola oferece disciplinas como outras línguas estrangeiras, música ou educação física, sendo elas obrigatórias ou não. Esse tipo de disciplina é fundamental, pois são vivência fora do plano cognitivo, é uma forma única de expressão! Um espaço para o improviso, a criação e a vivência do corpo.

* Busque referências
Nada melhor do que a opinião de outros pais para entender melhor como funciona cada instituição. Os pais sabem muito mais sobre a escola do que você vai descobrir numa visita e isso também é uma boa desculpa para conhecer os pais e descobrir se eles possuem valores parecidos com os seus, além de expectativas semelhantes com relação à educação. Além disso, os pais podem fornecer informações essenciais sobre como é o relacionamento da escola com os pais, por exemplo. Vale a pena ouvir também a opinião de outras crianças sobre o colégio, afinal são elas que vivenciam o dia a dia do local. Isso pode, inclusive ajuda-lo a entender melhor se o colégio realmente aplica na prática a metodologia que diz ter na teoria.

* Considere a localização
A localização pode parecer besteira, mas em grandes cidades é um critério importante, que pode ser usado como um desempate, por exemplo. Dê preferência a melhor localização é aquela onde você possa chegar rápido quando precisar, portanto pode ser perto do trabalho, de casa ou, quando isso não é possível, de um ponto no meio do caminho. Uma vantagem de ter uma escola mais perto de casa, ainda pensando em grandes metrópoles, é que provavelmente os amigos do seu filho estarão no mesmo bairro do que ele, o que facilita o contato fora da escola.

* Leve em conta a infraestrutura
Um ponto secundário a se avaliar é a infraestrutura do local, e tudo depende da idade. Por exemplo, para a educação infantil ter um local em que a criança possa brincar é essencial. Crianças aprendem a se superar correndo, vencendo os desafios encontrados nos brinquedos e nos jogos propiciados nesses espaços. Mais tarde, questões como qualidade dos laboratórios e iluminação são de extrema importância também.
Mas a infraestrutura não pode ser considerada o principal critério, afinal o mais importante é que as metas e valores se relacionem com a dos pais. Essa é a parte mais visível e normalmente a mais simples dos pais avaliarem, mas às vezes eles erram exatamente nesse ponto porque encontram uma infraestrutura excelente que os deixa cegos para outras questões.

* Avalie na prática
É apenas na prática, ou seja, quando a criança começar a frequentar a escola, que os pais saberão se a escola é mesmo como o imaginado. Nesse momento os pais devem ficar atentos ao filho: verificar se ele está feliz ou triste, como ele enfrenta as dificuldades, se a escola o ajuda ou apenas cobra nesses casos, se ele tem amigos e está entrosado...
Mesmo assim, deve ser algo muito bem avaliado, tudo depende muito da idade da criança também. Se ela está no ensino médio ela tem mais recurso de escolher, mas quando está no ensino fundamental não acredito que elas têm recursos emocionais e cognitivos para fazer essa escolha.
De qualquer forma, é sempre bom esperar um pouco antes de decidir pela mudança. Se a criança apresenta resistência, é bom ficar um pouco, pois pode ser apenas uma resistência inicial. Esperar até o final do semestre é uma boa forma de mensurar isso. E o ideal é que a mudança sempre seja feita no período entre férias, melhor ainda se ocorrer no final do ano, para facilitar a adaptação.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Muito discutida e ainda não totalmente resolvida é a questão do encaminhamento de crianças com problemas escolares a profissionais especializados em dificuldades de aprendizagem, os psicopedagogos. Quer por haver diferentes profissionais com múltiplas especialidades, quer pela dificuldade da escola em avaliar a quem encaminhar cada caso, o que se vê é que existe uma certa dúvida nessas conduções, o que em nada beneficia a criança e a sua família.
 Apesar de toda controvérsia quando o assunto se refere às dificuldades de aprendizagem de nossas crianças, a prática nos aponta para dois fatos inegáveis: esses problemas devem-se a diferentes fatores isolados ou associados entre si, e somente a avaliação e a intervenção precoce das dificuldades, pode levar ao sucesso na aprendizagem escolar. 
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem que se apresentam na infância tem sempre forte impacto sobre a vida da criança, de sua família e sobre o seu entorno, pelos prejuízos que acarretam em todas as áreas do desenvolvimento pessoal, assim como de sua aceitação e participação social.
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento relativamente permanente.
Segundo Silvia Ciasca, a Dificuldade de Aprendizagem é compreendida como uma “forma peculiar e complexa de comportamentos que não se deve necessariamente a fatores orgânicos e que são por isso, mais facilmente removíveis”. Ela ocorre em razão da presença de situações negativas de interação social. Caracteriza-se fundamentalmente pela presença de dificuldades no aprender, maiores do que as naturalmente esperadas para a maioria das crianças e por seus pares de turma e é em boa parte das vezes, resistente ao esforço pessoal e ao de seus professores, gerando um aproveitamento pedagógico insuficiente e auto estima negativa.
Essa dificuldade é relacionada a questões psicopedagógicas e/ou sócio-culturais, ou seja, não é centrada exclusivamente no aluno e somente pode ser diagnosticada em crianças cujos déficits na aprendizagem não se devam a problemas cognitivos.
A dificuldade de aprendizagem, DA, não tem causa única que a determine, mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição momentânea da criança. Alguns estudiosos enfatizam os aspectos afetivos, outros preferem apontar os aspectos perceptivos, muitos justificam esse quadro alegando existir uma imaturidade funcional do sistema nervoso. Ainda há os que sustentam que essas crianças apresentam atrasos no desempenho escolar por fatores como a falta de interesse, perturbação emocional ou inadequação metodológica.


Se você percebeu que seu filho apresenta um ou alguns desses sintomas saiba que é a hora de procurar uma ajuda especializada. 


É o psicopedagogo que vai montar esse quebra-cabeça, realizar o diagnóstico e determinar o melhor tratamento e intervenção, orientar a família e a escola e ainda se necessário, encaminhar o paciente para outros especialistas,  para que o tratamento ocorra de forma conjunta e eficiente. 



http://direcionalescolas.com.br/2013/12/10/criancas-com-dificuldade-de-aprendizagem/2/




terça-feira, 15 de setembro de 2015

INCENTIVO À ALIMENTAÇÃO INFANTIL


Dicas para o sucesso na alimentação


  • Se os pais se alimentam vendo TV, o filho terá o mesmo comportamento. A refeição deve ser um horário de paz e harmonia entre a família, um momento para conversar, estar junto. É interessante também se preocupar com a arrumação da mesa. Por exemplo, forrando toda a mesa com a toalha, não apenas uma parte. A criança deve perceber que é um momento importante. Escolha um prato bonito, colorido e até com desenho. Disponha os pratos de salada, quentes e a bebida de maneira que dê vontade de se servir. 
  • É importante que a criança tenha prazer em se servir e comer, não importa como. Não se irrite com a sujeira que ela possa fazer, oriente-a sobre os modos a mesa aos poucos, sem estresse. 
  • Oferecer frutas, legumes, verduras e carne, mesmo que ela não esteja acostumada ou não goste, pois o paladar muda com o tempo, uma boa estratégia é preparar de uma maneira diferente aquele alimento que não foi bem aceito.
  • Pode-se oferecer prêmios quando a criança se alimentar bem, porém não oferecer prêmios materiais. Oferecer um passeio, um suco, bolo, lanche que ela gosta e só a mamãe sabe fazer, explique sempre a importância da boa alimentação para o crescimento saudável, para boa formação da dentição, crescimento dos cabelos, etc... Não permitir que a criança manipule a situação. 
  • Não forçar a alimentação, porém não deixar de oferecer, sempre colocar o lugar da criança a mesa e oferecer o alimento, mesmo que ela o recuse. 
  • Evitar salgados fritos, salgadinhos e refrigerantes. Estabelecer dias em que esses alimentos são permitidos, por exemplo, aos finais de semana.
  • É importante estabelecer horários para as refeições, inclusive o jantar, aos poucos a criança se acostumará a ter disciplina em relação ao horário e ao local da refeição. Este será um excelente momento para desfrutar da companhia da criança, principalmente quando os pais são ausentes.
  • É importante deixar bem claro que quem decide o cardápio são os pais, mas pode-se abrir um espaço para que a criança tenha liberdade de escolha, por exemplo, a mãe pode perguntar se a criança prefere frango assado ou ensopado, se quer tomate ou pepino, suco de goiaba ou maracujá, etc... Percebe-se que há uma liberdade de escolha para a criança, mas o importante é que ela irá comer o frango, a salada e beber o suco de qualquer jeito, e o melhor, quem conduziu a escolha foi a mãe. 
  • Quando a criança estiver comendo sempre a alerte da importância do alimento, que protegem de doenças e auxiliam no crescimento. Orientar a mastigação correta. 
  • Quanto maior a mistura de cores no prato, mais nutritiva torna-se a refeição. 
  • Use a criatividade quando for montar o prato para a criança, não faça frequentemente, a criança deve ter a liberdade de se servir também, é interessante criar as “carinhas” para estimular o consumo de novos alimentos. Pode-se sugerir que a criança faça o desenho com o alimento, assim ela ficará entusiasmada e se alimentará com prazer. Outra estratégia é a contação de histórias usando os alimentos, em que nas histórias eles informam a sua importância. 
  • Estimular o consumo da água. Explicar a importância da água para a hidratação do organismo, células, etc... A mãe pode adotar o hábito de consumir bastante água também, assim sempre que for beber, oferecer a criança para que também beba, combinar com a criança que as duas cumprirão o desafio de consumir mais água juntas. 
  • O café da manhã é a refeição mais importante do dia, é importante que a criança tenha o hábito de se sentar a mesa e tomar o café da manhã de maneira tranquila. Sempre disponha de um copo de leite, pode ser com café ou chocolate, uma pão com margarina ou outro acompanhamento e uma fruta. 
  • Uma criança bem alimentada absorve melhor o aprendizado, tem mais energia, se desenvolve melhor e cresce com qualidade. Enfim, é primordial para o desenvolvimento da criança, refeições equilibradas, com vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais essenciais.
  • A boa alimentação é o principal fator na prevenção de doenças e boa saúde.


Lembre-se que o segredo para o sucesso na alimentação infantil é o PPC: PACIÊNCIA, PERSISTÊNCIA E CRIATIVIDADE.

Por Josilaine de Queiroz Pereira Cunha - Psicopedagoga Clínica e Institucional

Bibliografia:
RIVERA, Evelyn Del Carmen. Incentivo à alimentação Infantil de maneira prática e divertida. São Paulo: Editora Metha Limitada, 2008.                                                                                                                        


domingo, 30 de agosto de 2015

A IMPORTÂNCIA DA ROTINA

Sem dúvida alguma a rotina é muito importante na vida das crianças, mas às vezes se torna muito difícil para ser estabelecida pelos pais.
A rotina diária para as crianças é algo fundamental, é através dessa rotina que a estrutura psíquica e física da criança se organiza. Sendo o tempo para a criança algo complexo, é através das suas rotinas que a criança antecipa o que irá acontecer e adapta o seu comportamento à tarefa seguinte. As rotinas transmitem segurança à criança, deste modo à criança já sabe que no fim da escola a mãe a irá buscar, ou antes, de jantar deve tomar banho, as principais rotinas que se devem manter com as crianças são: horas de refeição; hora de deitar; hora de estudar; hora de brincar e tempos em família.
Uma família desorganizada, com horários irregulares, onde as refeições são servidas em horários diferentes, o banho e a hora de dormir não seguem nenhuma regra, forma crianças inseguras e desorientadas. Os resultados serão visíveis na escola e afetarão também o seu aprendizado. É aquele aluno que não faz tarefas de casa porque não tem horário estabelecido, não estuda previamente para avaliações, não sabe o que vai acontecer naquele dia, chega atrasado à escola. É aquele filho que não se alimenta direito, dorme a hora que quer, deixa de tomar o seu banho, de escovar os seus dentes e de organizar as suas coisas.
Esquece o que o pai lhe pediu e deixa de atender à solicitação da mãe. Saber o que tem para fazer fará com que a criança cumpra suas obrigações sem que os adultos precisem lembrar de fazê-lo.
A organização das atividades diárias não impedirá que a criança desenvolva autonomia. A coerência e a flexibilidade devem fazer parte do processo de estabelecimento das regras. Nada que é arbitrário funciona. Todavia a rotina é fundamental na formação de cidadãos responsáveis e confiantes. Sua ausência gera medo e ansiedade não somente nos pequenos como também nos adultos. Portanto criar rotinas é positivo e deve iniciar desde a mais tenra idade.
Quando se estabelece os horários das mamadeiras, da sopinha, do solzinho do bebê, até o horário em que o adolescente deve por o lixo para fora, cuidar do cachorro, fazer a tarefa, jogar videogame, voltar para casa ou ir para a cama dormir; evita-se a formação de uma geração de jovens e adultos irresponsáveis, desorganizados e ansiosos. A educação permissiva e a suposta liberdade oferecida pela família não apresentam resultados positivos. Regras são essenciais e a rotina é referência na vida de crianças e adolescentes; porque direciona, organiza e equilibra suas vidas para mais tarde darem conta de seus compromissos tornando-se adultos mais bem sucedidos.
A rotina é sim muito importante para a vida da criança e para a nossa também!