segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Muito discutida e ainda não totalmente resolvida é a questão do encaminhamento de crianças com problemas escolares a profissionais especializados em dificuldades de aprendizagem, os psicopedagogos. Quer por haver diferentes profissionais com múltiplas especialidades, quer pela dificuldade da escola em avaliar a quem encaminhar cada caso, o que se vê é que existe uma certa dúvida nessas conduções, o que em nada beneficia a criança e a sua família.
 Apesar de toda controvérsia quando o assunto se refere às dificuldades de aprendizagem de nossas crianças, a prática nos aponta para dois fatos inegáveis: esses problemas devem-se a diferentes fatores isolados ou associados entre si, e somente a avaliação e a intervenção precoce das dificuldades, pode levar ao sucesso na aprendizagem escolar. 
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem que se apresentam na infância tem sempre forte impacto sobre a vida da criança, de sua família e sobre o seu entorno, pelos prejuízos que acarretam em todas as áreas do desenvolvimento pessoal, assim como de sua aceitação e participação social.
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento relativamente permanente.
Segundo Silvia Ciasca, a Dificuldade de Aprendizagem é compreendida como uma “forma peculiar e complexa de comportamentos que não se deve necessariamente a fatores orgânicos e que são por isso, mais facilmente removíveis”. Ela ocorre em razão da presença de situações negativas de interação social. Caracteriza-se fundamentalmente pela presença de dificuldades no aprender, maiores do que as naturalmente esperadas para a maioria das crianças e por seus pares de turma e é em boa parte das vezes, resistente ao esforço pessoal e ao de seus professores, gerando um aproveitamento pedagógico insuficiente e auto estima negativa.
Essa dificuldade é relacionada a questões psicopedagógicas e/ou sócio-culturais, ou seja, não é centrada exclusivamente no aluno e somente pode ser diagnosticada em crianças cujos déficits na aprendizagem não se devam a problemas cognitivos.
A dificuldade de aprendizagem, DA, não tem causa única que a determine, mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição momentânea da criança. Alguns estudiosos enfatizam os aspectos afetivos, outros preferem apontar os aspectos perceptivos, muitos justificam esse quadro alegando existir uma imaturidade funcional do sistema nervoso. Ainda há os que sustentam que essas crianças apresentam atrasos no desempenho escolar por fatores como a falta de interesse, perturbação emocional ou inadequação metodológica.


Se você percebeu que seu filho apresenta um ou alguns desses sintomas saiba que é a hora de procurar uma ajuda especializada. 


É o psicopedagogo que vai montar esse quebra-cabeça, realizar o diagnóstico e determinar o melhor tratamento e intervenção, orientar a família e a escola e ainda se necessário, encaminhar o paciente para outros especialistas,  para que o tratamento ocorra de forma conjunta e eficiente. 



http://direcionalescolas.com.br/2013/12/10/criancas-com-dificuldade-de-aprendizagem/2/




terça-feira, 15 de setembro de 2015

INCENTIVO À ALIMENTAÇÃO INFANTIL


Dicas para o sucesso na alimentação


  • Se os pais se alimentam vendo TV, o filho terá o mesmo comportamento. A refeição deve ser um horário de paz e harmonia entre a família, um momento para conversar, estar junto. É interessante também se preocupar com a arrumação da mesa. Por exemplo, forrando toda a mesa com a toalha, não apenas uma parte. A criança deve perceber que é um momento importante. Escolha um prato bonito, colorido e até com desenho. Disponha os pratos de salada, quentes e a bebida de maneira que dê vontade de se servir. 
  • É importante que a criança tenha prazer em se servir e comer, não importa como. Não se irrite com a sujeira que ela possa fazer, oriente-a sobre os modos a mesa aos poucos, sem estresse. 
  • Oferecer frutas, legumes, verduras e carne, mesmo que ela não esteja acostumada ou não goste, pois o paladar muda com o tempo, uma boa estratégia é preparar de uma maneira diferente aquele alimento que não foi bem aceito.
  • Pode-se oferecer prêmios quando a criança se alimentar bem, porém não oferecer prêmios materiais. Oferecer um passeio, um suco, bolo, lanche que ela gosta e só a mamãe sabe fazer, explique sempre a importância da boa alimentação para o crescimento saudável, para boa formação da dentição, crescimento dos cabelos, etc... Não permitir que a criança manipule a situação. 
  • Não forçar a alimentação, porém não deixar de oferecer, sempre colocar o lugar da criança a mesa e oferecer o alimento, mesmo que ela o recuse. 
  • Evitar salgados fritos, salgadinhos e refrigerantes. Estabelecer dias em que esses alimentos são permitidos, por exemplo, aos finais de semana.
  • É importante estabelecer horários para as refeições, inclusive o jantar, aos poucos a criança se acostumará a ter disciplina em relação ao horário e ao local da refeição. Este será um excelente momento para desfrutar da companhia da criança, principalmente quando os pais são ausentes.
  • É importante deixar bem claro que quem decide o cardápio são os pais, mas pode-se abrir um espaço para que a criança tenha liberdade de escolha, por exemplo, a mãe pode perguntar se a criança prefere frango assado ou ensopado, se quer tomate ou pepino, suco de goiaba ou maracujá, etc... Percebe-se que há uma liberdade de escolha para a criança, mas o importante é que ela irá comer o frango, a salada e beber o suco de qualquer jeito, e o melhor, quem conduziu a escolha foi a mãe. 
  • Quando a criança estiver comendo sempre a alerte da importância do alimento, que protegem de doenças e auxiliam no crescimento. Orientar a mastigação correta. 
  • Quanto maior a mistura de cores no prato, mais nutritiva torna-se a refeição. 
  • Use a criatividade quando for montar o prato para a criança, não faça frequentemente, a criança deve ter a liberdade de se servir também, é interessante criar as “carinhas” para estimular o consumo de novos alimentos. Pode-se sugerir que a criança faça o desenho com o alimento, assim ela ficará entusiasmada e se alimentará com prazer. Outra estratégia é a contação de histórias usando os alimentos, em que nas histórias eles informam a sua importância. 
  • Estimular o consumo da água. Explicar a importância da água para a hidratação do organismo, células, etc... A mãe pode adotar o hábito de consumir bastante água também, assim sempre que for beber, oferecer a criança para que também beba, combinar com a criança que as duas cumprirão o desafio de consumir mais água juntas. 
  • O café da manhã é a refeição mais importante do dia, é importante que a criança tenha o hábito de se sentar a mesa e tomar o café da manhã de maneira tranquila. Sempre disponha de um copo de leite, pode ser com café ou chocolate, uma pão com margarina ou outro acompanhamento e uma fruta. 
  • Uma criança bem alimentada absorve melhor o aprendizado, tem mais energia, se desenvolve melhor e cresce com qualidade. Enfim, é primordial para o desenvolvimento da criança, refeições equilibradas, com vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais essenciais.
  • A boa alimentação é o principal fator na prevenção de doenças e boa saúde.


Lembre-se que o segredo para o sucesso na alimentação infantil é o PPC: PACIÊNCIA, PERSISTÊNCIA E CRIATIVIDADE.

Por Josilaine de Queiroz Pereira Cunha - Psicopedagoga Clínica e Institucional

Bibliografia:
RIVERA, Evelyn Del Carmen. Incentivo à alimentação Infantil de maneira prática e divertida. São Paulo: Editora Metha Limitada, 2008.                                                                                                                        


domingo, 30 de agosto de 2015

A IMPORTÂNCIA DA ROTINA

Sem dúvida alguma a rotina é muito importante na vida das crianças, mas às vezes se torna muito difícil para ser estabelecida pelos pais.
A rotina diária para as crianças é algo fundamental, é através dessa rotina que a estrutura psíquica e física da criança se organiza. Sendo o tempo para a criança algo complexo, é através das suas rotinas que a criança antecipa o que irá acontecer e adapta o seu comportamento à tarefa seguinte. As rotinas transmitem segurança à criança, deste modo à criança já sabe que no fim da escola a mãe a irá buscar, ou antes, de jantar deve tomar banho, as principais rotinas que se devem manter com as crianças são: horas de refeição; hora de deitar; hora de estudar; hora de brincar e tempos em família.
Uma família desorganizada, com horários irregulares, onde as refeições são servidas em horários diferentes, o banho e a hora de dormir não seguem nenhuma regra, forma crianças inseguras e desorientadas. Os resultados serão visíveis na escola e afetarão também o seu aprendizado. É aquele aluno que não faz tarefas de casa porque não tem horário estabelecido, não estuda previamente para avaliações, não sabe o que vai acontecer naquele dia, chega atrasado à escola. É aquele filho que não se alimenta direito, dorme a hora que quer, deixa de tomar o seu banho, de escovar os seus dentes e de organizar as suas coisas.
Esquece o que o pai lhe pediu e deixa de atender à solicitação da mãe. Saber o que tem para fazer fará com que a criança cumpra suas obrigações sem que os adultos precisem lembrar de fazê-lo.
A organização das atividades diárias não impedirá que a criança desenvolva autonomia. A coerência e a flexibilidade devem fazer parte do processo de estabelecimento das regras. Nada que é arbitrário funciona. Todavia a rotina é fundamental na formação de cidadãos responsáveis e confiantes. Sua ausência gera medo e ansiedade não somente nos pequenos como também nos adultos. Portanto criar rotinas é positivo e deve iniciar desde a mais tenra idade.
Quando se estabelece os horários das mamadeiras, da sopinha, do solzinho do bebê, até o horário em que o adolescente deve por o lixo para fora, cuidar do cachorro, fazer a tarefa, jogar videogame, voltar para casa ou ir para a cama dormir; evita-se a formação de uma geração de jovens e adultos irresponsáveis, desorganizados e ansiosos. A educação permissiva e a suposta liberdade oferecida pela família não apresentam resultados positivos. Regras são essenciais e a rotina é referência na vida de crianças e adolescentes; porque direciona, organiza e equilibra suas vidas para mais tarde darem conta de seus compromissos tornando-se adultos mais bem sucedidos.
A rotina é sim muito importante para a vida da criança e para a nossa também!

COMO EDUCAR OS FILHOS?

Criar filhos inteligentes, responsáveis, tolerantes, com boa autoestima... Quem não almeja isso? 
Educar é um desafio diário para todos os pais, sem exceção. As dúvidas que vêm com essa responsabilidade foram tema do nosso post de hoje.
Listamos para vocês 10 regras para educação de crianças que todos pais devem saber...















Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/familia/m-de-mulher/super-nanny-e-suas-10-regras-de-ouro-para-educar-as-criancas 

JÁ PARARAM PARA PENSAR SOBRE QUANDO CHANTAGEAMOS OS PEQUENOS… E QUAL É A CONSEQUÊNCIA?

“Se você comer a comida toda, eu deixo você brincar mais um pouquinho…”; “Se você der um beijo na visita, vai ganhar sorvete de sobremesa!”; “Se você se comportar bem no jantar, eu deixo você ver aquele desenho na televisão”.
Essas frases podem parecer um pouco estranhas quando lidas agora, fora de seus contextos, mas se pensarmos um pouquinho já a ouvimos ou a falamos, nos colocando na posição chantagista quando entramos em contato com crianças um pouco teimosa.
Educar a partir do prêmio pode parecer fácil… afinal, quando a educação envolve uma recompensa material, a criança pode ficar mais interessada. A partir disso, um comportamento que poderia ser apenas birra, é resolvido de maneira quase que corrupta, em que a criança não aprende, mas sai ganhando mesmo assim.
Rodrigo Gerez, pai pela primeira vez, escreveu em seu blog sobre esse tema ao perceber que estava chantageando a sua filha. Para ele, o impacto que essa ação traria para a o seu desenvolvimento social seria drástico. O texto é bastante interessante e nós faz pensar sobre esse ato danoso, apesar de transparecer, inicialmente, bastante ingênuo. Afinal, muitas vezes não percebemos costumes negativos e arraigados em nosso meio.
A chantagem é um comportamento que nos vicia, mas também pode “viciar” as crianças. Com certeza você já ouvi uma criança dizer “eu só faço isso se…”, colocando, em prática, o que nós ensinamos para ela.
Porém, perceber que fazer chantagens é um ato prejudicial, já é um grande progresso ao educar uma criança. Dessa maneira, criança e adulto poderão construir melhor suas relações, sem recompensas, em troca de educação e carinho.


13% DOS ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA ENTRE 6 E 16 ANOS SOFREM DE ALGUM TIPO DE TRANSTORNO

Os principais distúrbios identificados foram Transtorno de Ansiedade e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

*A pesquisa ouviu 1,7 mil estudantes de escolas públicas.
Uma pesquisa realizada com aproximadamente 1,7 mil alunos de escolas públicas, com idades entre 6 e 16 anos, mostrou que 13% deles sofrem de algum tipo de transtorno psiquiátrico. Os dados estão descritos no Estudo epidemiológico sobre a saúde mental do escolar brasileiro, realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), entre os quais o psiquiatra Jair de Jesus Mari, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o especialista, os principais distúrbios identificados foram: Transtorno de Ansiedade, que apresentou uma frequência de 7%, e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), presente em 4,5% dos estudantes analisados. Entre os alunos identificados com algum transtorno, a equipe de pesquisadores constatou que uma parcela mínima, 19,8%, foi atendida por um profissional da saúde nos últimos 12 meses. "Toda condição de saúde mental pode impactar o aprendizado, sendo que há uma forte constatação de prejuízo do rendimento escolar associado ao TDAH. A identificação precoce, o adiamento ou até a interrupção da psicose, ou ainda a redução do período ativo, podem contribuir para um prognóstico futuro melhor. Por isso, precisamos buscar um modelo de saúde mental que priorize mais atenção à fase da adolescência", aponta o médico ao chamar a atenção para a necessidade de criar políticas públicas de saúde que ''''dialoguem'''' com o universo escolar. Segundo ele, um diagnóstico preciso, associado ao uso racional de medicação, e intervenções psicológicas adequadas podem "mudar o rumo de crianças com dificuldade de aprendizagem".
Marina Kuzuyabu
revistaeducacao.uol.com.br

VOCÊ SABE O QUE É MUTISMO SELETIVO?

O mutismo seletivo, também denominado mutismo eletivo, consiste em um distúrbio psicológico caracterizado pela recusa em falar em certas situações, mas que, em outras, o indivíduo é capaz de falar. Costuma ocorrer em crianças tímidas, introvertidas e ansiosas que falam apenas com um ou ambos os pais, outras crianças ou animais.

Este transtorno ocorre em ambos os gêneros, mas é mais comum nos indivíduos do sexo feminino. Em adultos, este distúrbio é diagnosticado como fobia social.
Trata-se de uma das desordens psicológicas mais frequentes nas crianças. Indivíduos com este distúrbio conseguem falar e compreender a linguagem, mas o fazem somente em situações escolhidas por eles. Em outras áreas de aprendizagem e comportamento, a criança costuma se desenvolver normalmente.
Até pouco tempo, acreditava-se que este distúrbio afetava 1 em cada 1000 crianças. Todavia, mais recentemente pesquisas realizadas pela American Academy of Child and Adolescent Phychiatry apontaram que a proporção é de sete para cada 1000, tornando o mutismo duas vezes mais prevalente do que o autismo. Já no Brasil, os estudos a respeito do mutismo seletivo são escassos, bem como profissionais especializados no diagnóstico precoce e tratamento do mesmo.
Habitualmente, este transtorno está relacionado com a existência de um elevado nível de ansiedade, que pode ter origem genética e associação com a atividade mais intensa da amígdala cerebelar. A ausência da fala também pode apontar a presença de transtorno de comunicação, envolvendo tartamudez, dificuldade auditiva, transtorno de aprendizagem, transtorno de adaptação ou de separação, depressão nervosa, autismo ou transtorno de ansiedade. Também pode estar ligado a um trauma psicológico.
Além da recusa em falar em certas situações sociais, as crianças com mutismo seletivo apresentam:
Dificuldade em manter contato visual; Não costumam sorrir em público ou permanecem com expressões vazias; Movimentam-se de forma rígida; Não são capazes de lidar com situações nas quais deveriam falar normalmente, como saudações, despedida ou agradecimentos; Tendem a ter uma preocupação mais exagerada com as coisas quando em comparação com o população em geral; Costumam ser mais sensíveis ao ruído e a locais lotados; Apresentam dificuldade em falar sobre si ou expressar sentimentos.
Contudo, também apresentam alguns pontos positivos, como a maior sensibilidade aos pensamentos e emoções alheias e inteligência e percepção superior aos demais.
Para ser diagnosticado como mutismo seletivo, o quadro tem que persistir por pelo menos um mês, sem contar o primeiro mês de escolarização, uma vez que nessa época as crianças costumam ficar mais tímidas e evitam interagir com o professor.
Os pais costumam após meses ou anos de mudez, pois acreditam que se trate apenas de timidez normal até que as manifestações clínicas se tornam mais visíveis.
O tratamento com terapia cognitivo-comportamental apresentam bonsresultados. Também podem ser utilizados fármacos para transtorno de ansiedade e depressão para aliviar os sintomas.
Por Débora Carvalho Meldau