quarta-feira, 25 de março de 2020

REORGANIZAÇÃO COTIDIANA PARA QUARENTENA / PARTE 2- ROTINA PARA CRIANÇAS

REORGANIZAÇÃO COTIDIANA PARA QUARENTENA

 

PARTE 2- ROTINA PARA CRIANÇAS

Lazer e obrigações: como organizar a rotina das crianças na quarentena?

 

    Pais e filhos reunidos em casa por dias a fio podem até lembrar um ambiente de férias familiares. Mas a realidade imposta pelo novo coronavírus, que chegou com o ano letivo em andamento e muitos dos adultos de volta ao trabalho, não tem nada de lúdico. Sem poder sair, as famílias precisam, agora, conciliar as atividades de todos os moradores em um único ambiente. Para que consigam atravessar o período da melhor forma, é preciso calma e foco no presente para reinventar a rotina da casa.

 

    A organização do cérebro se dá de fora para dentro também. Esse não é um período de férias. Isso tem de ser entendido pela criança para que ela possa se conectar com o que está acontecendo. A rotina deve ser mantida da forma mais natural possível.

 

    Manter horários para dormir, acordar e almoçar são formas de contribuir com os pequenos nesse processo. Também deve haver um ciclo de estudos, em turnos mais curtos do que os da escola. Cerca de uma hora pela manhã e uma hora à tarde podem ser suficientes, mas há crianças que podem aceitar melhor rodadas mais curtas, de 30 minutos. Nesses momentos, que podem ou não contar com a mediação dos pais, é importante estimular o filho a pensar por conta própria — sem compromisso em "acertar" —, e, sempre que possível, tentar criar relações entre o que é estudado e o momento atual, contextualizando as aprendizagens. Os pais podem usar recursos tecnológicos, como documentários, vídeos, jogos, para extrapolar as metodologias ofertadas pela escola, tornando a aprendizagem mais significativa.

 

    Tomar banho e trocar de roupa é outro ponto importante para que os pequenos entendam que o dia vai começar. Não há necessidade de vestir o uniforme da escola, pois isso cria um ambiente irreal, mas é importante trocar o pijama. Vamos ter que mudar nosso olhar sobre as coisas porque estamos num momento diferente. A coisa mais importante é criar um contexto emocionalmente saudável e organizar um dia de cada vez.

 

    As exigências devem ser mais brandas nesse período. Mais importante do que apresentar conteúdos escolares para as crianças é mostrar tranquilidade e deixar que aprendam também com estímulos do cotidiano — como ajudar a preparar a comida ou organizar os brinquedos.

 

    Ainda que muitas pessoas tenham aderido ao home office em razão da pandemia, nem todos os pais terão condições de participar de forma tão ativa das atividades escolares dos filhos. Mas isso não quer dizer que os pequenos sairão prejudicados. Propor um momento do dia em que todos trabalhem juntos, cada um nas suas tarefas, pode ser positivo para toda a família. O pai ou a mãe não precisa ficar do lado do filho em tempo integral. Cada um pode pegar suas coisas e fazer o que tem de fazer, mas atento ao outro. E nada de sobrecarregar o irmão mais velho. Cada um está em uma etapa própria da infância ou juventude, não é justo assumir responsabilidades dos adultos. Sim os filhos são responsabilidade dos adultos, ajudar é uma coisa bem diferente de assumir a responsabilidade dos cuidados e auxílio escolar.

 

    Os momentos da lazer, que para muitas famílias estão relacionados a atividades externas, como passeios no parque, também vão exigir mais da criatividade dos pais no período.

 

    Para conciliar as tarefas domésticas e o trabalho com a presença dos pequenos, é preciso envolve-los nas atividades diárias, como pedir ajudar para regar as plantas, fazer o momento de cozinhar em uma oficina de culinária.

 

    Pode-se ainda aproveitar esses momentos de convivência mais intensa e apresentar as crianças filmes e seriados que gostava na infância, mostrar fotos e vídeos antigos, contar histórias, etc.

 

    É bom dosar a exposição aos equipamentos eletrônicos, pois já é sabido dos prejuízos para atenção e concentração das crianças, além do aumento da ansiedade. Manter as regras é muito importante, e não deixar aquela sensação que todos os dias são domingo.

 

    Quem não tem como se envolver nas brincadeiras durante a semana não deve sentir-se culpado. Uma boa opção é buscar jogos didáticos na internet, que podem ser uma ponte entre estudos e lazer.

 

    Tem sites com jogos interativos, livros para ouvir e muitas coisas interessantes. A atividade tem de ser saudável e prazerosa para que a criança não entre em desespero.

 

    Para além das atividades intelectuais, é importante pensar em brincadeiras que permitam à criança se movimentar. Brincadeiras como a dança podem ajudar a gastar um pouco da energia acumulada no confinamento.

 

    Assim como para os adultos, as relações sociais são fundamentais, e devem ser aliadas enquanto não é permitido encontrar outras pessoas. Gravar e receber vídeos de tios, primos e avós é positivo para todos. Conversar com outros pais para gravar vídeos e fazer videochamadas com os colegas pode ser uma forma de tranquilizar a gurizada. Eles vão ver que têm crianças na mesma situação que eles. Que não foi só em casa que as coisas mudaram.

 

    A rotina diária para as crianças é algo fundamental, é através dessa rotina que a estrutura psíquica e física da criança se organiza.

 

    Sendo o tempo para a criança algo complexo, é através das suas rotinas que a criança antecipa o que irá acontecer e adapta o seu comportamento à tarefa seguinte. As rotinas transmitem segurança à criança, deste modo à criança já sabe, por exemplo, que antes de jantar deve tomar banho, as principais rotinas que se devem manter com as crianças são: horas de refeição; hora de deitar; hora de estudar; hora de brincar e tempos em família.

 

    Saber o que tem para fazer fará com que a criança cumpra suas obrigações sem que os adultos precisem lembrar de fazê-lo.

 

    A organização das atividades diárias não impedirá que a criança desenvolva autonomia. A coerência e a flexibilidade devem fazer parte do processo de estabelecimento das regras. Nada que é arbitrário funciona. Todavia a rotina é fundamental na formação de cidadãos responsáveis e confiantes. Sua ausência gera medo e ansiedade não somente nos pequenos como também nos adultos.

 

    Portanto criar rotinas é positivo e deve iniciar desde a mais tenra idade.

 

    Deixarei aqui algumas sugestões de quadros para rotina, o ideal que esta seja elaborada em conjunto, por toda a família e a criança deve ser protagonista desse momento. Peça que ela liste ou diga (para crianças ainda não alfabetizadas) todas as atividades que deve cumprir e quais ela poderia fazer para ajudar na rotina da casa, assim ela se sentirá pertencente a família, ganhando autonomia e responsabilidade. A rotina pode ou não ser implementada como um jogo, em que a criança pontua a cada atividade realizada, podendo a premiação ser uma comida, uma atividade ou brincadeira para o final de semana a escolha da criança.



    Assim como os adultos e crianças precisam dessa reorganização e estabelecimento de uma nova rotina nesse momento que estamos vivendo, os idosos também precisam, no próximo post vou trazer orientações para organização de uma rotina para eles também.

    Lembrem-se a rotina é muito importante, nos ajuda a otimizar nosso precioso tempo, além de nos organizar, reduzir os níveis de ansiedade e melhorar nossa capacidade de atenção.

    Espero que esse post possa ter ajudado de alguma forma. Abraços fraternos e até breve.

Laine Queiroz

REORGANIZAÇÃO COTIDIANA PARA QUARENTENA / PARTE 1- ROTINA PARA ADULTOS

REORGANIZAÇÃO COTIDIANA PARA QUARENTENA


PARTE 1- ROTINA PARA ADULTOS

    Um dos primeiros efeitos da quarentena é a desorientação atencional. A pessoa se sente mais confusa, menos concentrada, muito mais cansada.
    Ela pensa que vai trabalhar em casa e vai conseguir descansar, mas não é isso que acontece. Porque uma série de apaziguadores que nós temos no trabalho, como a pausa para o cafezinho ou a conversa com o colega, são suspensos.
    É uma crise geral, mas é muito importante a gente ter em mente que isso tudo vai passar. Pode demorar muito tempo, pode demorar mais tempo do que a gente gostaria, mas vai passar. É como uma guerra: uma hora termina. É uma situação que vai ter várias fases e agora estamos apenas começando.        Ter consciência disso é muito importante para fazer a travessia deste momento.
    Quem está na quarentena tem algumas tarefas a cumprir. A primeira é a reorganização cotidiana, pensar em horários para fazer cada coisa. A segunda tarefa é cuidar da higiene e manter a salubridade corporal, pois vamos entrar em um período de baixa atividade física e isso nos fragiliza. A prática da meditação ou atendimento psicológico online também são aconselháveis.
    Para o equilíbrio mental, sugiro fazer pausas ao longo do dia e encontrar atividades que não sejam exatamente produtivas, mas sim restaurativas: pode ser uma leitura, a jardinagem, o cuidado com os animais, ou a arrumação de armários e da casa, mudar os móveis de lugar, etc.
    A leitura de livros é uma boa prática para isso, pois diferente das telas [televisão, celular, computador], convoca uma reestruturação da atenção da pessoa.
    Outra coisa muito importante é a recuperação dos laços afetivos e sociais.
    E ainda, para quem tem crianças, é muito importante observá-las, pois crianças terão mais dificuldades em substituir os laços físicos pelos digitais. É um momento para acompanhar o filho mais de perto, contar histórias, participar das brincadeiras, interações que foram perdidas ao longo do tempo. Para os pais que vivem dizendo 'eu não tenho tempo pra isso, agora chegou o momento de fazer esses ajustes. Também é necessário observá-las, se pararam de brincar, se se isolaram demais, se estão comendo e dormindo direito, porque a quarentena é uma situação muito adversa e elas são muito sensíveis para captar a preocupação dos adultos.
    Os pais precisam falar a verdade sobre a quarentena porque, em geral, mentir nesse momento aumenta a problemática. A criança vai ter de lidar com pensamentos como "por que será que os meus pais estão me escondendo alguma coisa?", além de todas as outras pressões que atingem a todos neste momento.
    Que tal organizar todas essas dicas dentro da sua rotina e passar por esse período com tranquilidade e confiança?

    Então vamos lá...


Como preparar uma boa rotina


    Comece colocando na ponta do lápis todas as atividades que você precisa desenvolver, para quem trabalha home office é bom delimitar o tempo destinado ao trabalho, bem como um local específico para isso.
    Depois de elencar todas as atividades obrigatórias, pense em atividades relacionadas ao seu bem estar físico e emocional, que tal 30 minutos de alongamento todas as manhãs logo após o café? E 1 hora diária após o jantar para leitura daquele livro que esta esquecido na sua gaveta? Você ainda pode deixar de 2 a 3x por semana um momento para meditação, aula virtual de zumba ou alguma aeróbica, e não se esqueça, é claro, de reservar um tempinho para família, amigos, mesmo que virtualmente.
    Aos casais, não esqueçam de compartilharem as tarefas domésticas e cuidados com as crianças, assim nenhum dos dois se sente sobrecarregado enquanto o outro fica ocioso demais. O equilíbrio é de extrema importância. Para tanto, definam já na rotina quem vai ficar responsável por determinada tarefa e quais dias seriam interessantes para desempenha-las.
    Pronto, agora que já tem tudo na ponta do lápis, é só escolher a melhor forma de registro. Pode ser em uma folha de sulfite, cartolinas, em lousas, azulejos, o importante é que fique visível e fácil de se orientar por ela.
    Para quem divide o lar com mais pessoas, a rotina coletiva pode ser decidida por todos, evitando desentendimentos.
    As crianças precisam de rotina própria e específica. Vou postar em breve orientações para elaboração da rotina delas.
    A rotina é muito importante, nos ajuda a otimizar nosso precioso tempo, além de nos organizar, reduzir os níveis de ansiedade e melhorar nossa capacidade de atenção.

Modelos de organização:




    Espero que esse post possa ter ajudado de alguma forma. Abraços fraternos e até breve.

Quer saber mais?

Acesse o vídeo completo no canal do YouTube:

DICAS PARA UMA QUARENTENA SAUDÁVEL





quinta-feira, 25 de maio de 2017

A Importância dos primeiros 1000 dias de vida

É nos primeiros 1000 dias de vida que cada célula do corpo está sendo formada e programada.

Os primeiros 1000 dias de vida se referem ao período que vai do primeiro dia de gestação até os 2 anos de idade:
Os Primeiros 1000 Dias
Os Primeiros 1000 Dias de Vida
Esse período é considerado um INTERVALO DE OURO, que pode mudar radicalmente o destino da criança, não apenas em termos biológicos (crescimento e desenvolvimento), mas também em questões intelectuais e sociais. Você já imaginou que suas primeiras decisões têm a possibilidade de influenciar a saúde, as atividades físicas e as habilidades de aprendizado do seu filho? Na gestação, quando uma mãe escolhe se alimentar de uma forma saudável, já está fazendo uma programação genética para a saúde do seu filho na vida adulta.

PRIMEIROS APRENDIZADOS

Por definição, o crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, que pode ser medido em termos de centímetros e metros ou gramas e quilos. Já o desenvolvimento caracteriza-se pela aquisição de novas habilidades – sentar, engatinhar, andar, segurar algo, o desenvolvimento da linguagem e, posteriormente, raciocínio, memória e aprendizado.
Os Primeiros 1000 Dias do bebê

FATORES INTERNOS E EXTERNOS

Os Primeiros 1000 Dias da criança
Atualmente, os estudos sugerem que a nutrição no período da gestação e nos primeiros 2 anos de vida pode determinar efeitos, a curto a longo prazo, na saúde e no bem-estar até a vida adulta. Já se sabe, também, que a genética não é soberana na determinação do potencial de crescimento e desenvolvimento do indivíduo: cerca de 20% dos nossos genes são influenciados por fatores hereditários, enquanto a maior parte deles, até 80%, é influenciada por fatores ambientais como: medicamentos, estresse, infecções, exercícios e a nutrição.



ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Resultado de imagem para alimentação gestaçãoUma alimentação adequada durante a gestação, associada ao aleitamento materno, à correta introdução da alimentação complementar e à manutenção de bons hábitos alimentares, é requisito básico para o crescimento e desenvolvimento infantil. Os pesquisadores e cientistas estão cada vez mais seguros de que uma boa nutrição e o cuidado com a saúde nos primeiros 1000 dias têm um papel protetor, que ajuda a garantir um futuro no qual as habilidades cognitivas, motoras e sociais estimularão a saúde e o potencial máximo do adulto.




Saiba mais em: http://www.primeiros1000dias.com.br/
(Jang H. Clin Nutr Res, 2014; Prentice AM. Am J Clin Nutr, 2013; Camp KM. J Acad Nutr Diet, 2014; Fernandez-Twinn. Ann N Y Acad Sci, 2010; Lanigan J. Proc Nutr Soc, 2009; WHO Child Growth Standards, 2006; Avaliação nutricional da criança e do adolescente. SBP, 2009; Guedes DP. Rev Bras Educ Fís Esp, 2011; Pedraza FP. Rev Bras Cresc e Desenv Hum, 2011; Braga AKP. Rev Bras Cresc e Desenv Hum 2011; Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. SBP, 2012; Gluckman. Genome Med, 2010; Godfrey. Trends in Endocr and Metab, 2010; Lillycrop. Proc Nutr Soc, 2011; Waterland. Ann Rev Nutr, 2007; Painter. Reprod Toxicol, 2005; Voight. Nat Gen, 2010; Choquet. Curr Genom, 2013; Hebebrand. Obes Facts, 2010; Bouchard. Am J Clin Nutr, 2009.)
















A Importância do Desenvolvimento na Primeira Infância


A construção de uma sociedade produtiva e próspera está diretamente relacionada com o investimento realizado nos primeiros anos de vida das crianças, mais especialmente nos três anos iniciais, incluindo também a gestação.

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É neste período, de zero até os 3 anos, que se estabelecem as bases do desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial da criança e que oferecerão as condições para que se torne um adulto capaz de conduzir com autonomia e prosperidade a sua vida.
Este processo é, em parte, decorrente da determinação genética herdada de pai e mãe. Entretanto, após o nascimento, a criança passa a estabelecer um relacionamento pessoal com seus cuidadores, que na maior parte das vezes são os próprios pais. É justamente este ambiente familiar que irá promover e facilitar o estabelecimento dos vínculos iniciais do bebê.
Como sabemos, o bebê é um ser inteiramente dependente e necessita de cuidados permanentes: alimentação, higiene, estímulos e afeto. Neste sentido, suas vivências emocionais iniciais são bastante ameaçadoras, já que não possui condições próprias de subsistência. A atenção materna por meio da amamentação, dos cuidados alimentares, do acolhimento afetuoso em seus braços, da fala tranquilizadora e amorosa, fazem com que o bebê viva esta experiência de forma segura e se aquiete. A repetição desta continência pelos pais nas horas seguintes, nos dias e semanas sucessivas para as mais variadas situações que surgirem, promoverá na criança o desenvolvimento de habilidades pela experiência vivenciada, tornando-o um indivíduo seguro e capaz de lidar com a complexidade das futuras solicitações.
As boas vivências que a criança compartilhar com seus familiares a partir de então vão moldando o seu desenvolvimento. Inicia-se nesta fase o aprendizado das regras de convivência: o que pode e o que não pode, o que é seu e o que é do outro, entenderá que tem sua oportunidade para falar e deve respeitar quando outro o faz, e assim por diante. É um longo processo que parte das situações mais elementares para as mais complexas. No decorrer deste processo, a criança percebe a necessidade de aprender a cuidar-se e, então, fazer as coisas por conta própria. Inicia-se a percepção de que seus desejos nem sempre serão atendidos; que muitas vezes terá que tolerar o fato de não ser atendido ou de não conseguir o que pretende - mesmo que esteja tentando por suas próprias iniciativas.
Nestas oportunidades, a criança estará lidando com seus sentimentos de frustração, inicialmente desagradáveis, mas muitas vezes úteis e de grande importância para seu desenvolvimento emocional. Ela deverá contar sempre, e principalmente, com a disponibilidade de seus pais, para juntos facilitarem esta caminhada de crescimento emocional.
Por outro lado, quando este processo ocorre de modo inadequado pela não atuação e participação dos pais, a criança não consegue estruturar as melhores condições para lidar com as suas emoções. Poderá se tornar pouco habilidosa para administrar as adversidades naturais do dia a dia, desenvolvendo uma baixa tolerância à frustração, além de comportamentos desviantes e que irão prejudicá-la no seu desempenho como ser social. Isso não favorece ajustes nos seus relacionamentos futuros e gera sensíveis prejuízos no seu desempenho como pessoa.
É fundamental que os pais sejam esclarecidos da importância da sua participação no desenvolvimento dos seus filhos. Necessitam saber que são eles que vão moldar este desenvolvimento e por isso precisam estar atentos e informados para agir da melhor forma.
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Os pais devem buscar informações e orientações para que melhor possam desempenhar suas funções. Conversas dirigidas com seu Pediatra, leitura de livros sobre esses temas e até mesmo a troca de experiências com familiares e amigos são iniciativas que vão ajudá-los a atuar de um modo mais cuidadoso e eficiente na relação com seus filhos.
A criação de filhos não é uma tarefa simples. Pelo contrário, algumas circunstâncias que parecem elementares, muitas vezes trazem consigo condutas complexas com muitas dúvidas agregadas. E como a criança é um ser em desenvolvimento, a cada faixa etária vão surgindo novas situações, exigindo dos pais um ajuste nas suas atitudes.
Felizmente, em nosso país, estamos vivendo um momento bastante especial no qual cresce o interesse e o investimento na primeira infância. Políticas públicas nos âmbitos federal, estadual e municipal vêm se desenvolvendo de modo integrado. Despertamos para a importância do investimento nesta época da vida. Projetos já executados em décadas anteriores em populações com alto índice de vulnerabilidade infantil mostraram evidências de que investir na primeira infância é altamente gratificante a curto, médio e longo prazo: o aprendizado escolar é melhor, há menos delinquência e uso de álcool e drogas, o desempenho profissional na idade adulta é melhor e mais qualificado, refletindo-se numa renda melhor.
Todos nós conhecemos muito bem o valor das novas tecnologias e o quanto elas nos são úteis. Entretanto podemos atualmente adquiri-las com facilidade, mesmo que estejam em outros continentes. As tecnologias já estão inseridas no processo educacional e não fazem mais tanta diferença. Hoje, o que faz a diferença é a educação no sentido amplo, desde os primeiros tempos de vida. E, para isto, os pais precisam estar preparados. Aos pediatras cabe uma parte importante desta tarefa. Boa sorte a todos nesta árdua e fascinante missão.
Autor: Departamento Científico do Comportamento e Desenvolvimento (Sociedade Brasileira de Pediatria)
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

segunda-feira, 11 de julho de 2016

COMO IDENTIFICAR PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM EM SEU FILHO

Problemas de aprendizagem das crianças 

Os problemas de aprendizagem atingem a 1 de cada 10 crianças em idade escolar 


Os problemas de aprendizagem podem ser detectados em crianças a partir dos 5 anos de idade e constituem uma grande preocupação para muitos pais, já que afetam o rendimento escolar e as relações interpessoais dos seus filhos. 

Uma criança com problemas de aprendizagem, pode ter um nível normal de inteligência, de acuidade visual e auditiva. É uma criança que se esforça em seguir as instruções, em concentrar-se, e portar-se bem em sua casa e na escola. Sua dificuldade está em captar, processar e dominar as tarefas e informações, e logo a desenvolvê-las posteriormente. 


Os problemas de aprendizagem podem ter origem biológica ou decorrer de situações externas ao sujeito. 

Algumas crianças podem apresentar problemas de aprendizagem em resposta a um sofrimento ou abalo emocional que estejam passando, seja algum trauma, perda, separação, ou até por simples falta de rotina ou organização dos pais. Nesses casos, a criança pode retomar suas potencialidades cognitivas assim que identificado e superado esse fator externo. No caso de problemas de ordem biológica, a criança precisa ser estimulada e guiada a descobrir uma maneira eficiente de aprender a aprender. Em ambos os casos é muito importante o acompanhamento de um psicopedagogo, o profissional qualificado que será capaz de conduzir esse processo de identificação da falha do processamento da aprendizagem e guiar o aprendiz em um caminho único de descobertas de si próprio, seus limites e potencialidades cognitivas. 


Como detectar problemas de aprendizagem nas crianças 

A criança com problemas biológicos específicos de aprendizagem tem padrões pouco usuais em perceber as coisas no ambiente externo. Seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da mesma idade. No entanto, têm em comum algum tipo de fracasso na escola ou em sua comunidade. 

Não é nada difícil detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as informações e a formação que recebe. Os pais devem estar atentos e conscientes dos sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema de aprendizagem, quando a criança: 

- Apresenta dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções. 

- Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer. 

- Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar. 

- Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário. 

- Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato. 

- Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos. 

- Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o 'ontem', com o 'hoje' e/ou 'amanhã'. 

- Manifesta irritação ou excitação com facilidade. 


Características de alguns problemas de aprendizagem 

As crianças que têm problemas de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em: 

1- Problemas de Leitura (visão) 

- A criança se aproxima muito do livro; 
- diz palavras em voz alta; 
- assina, substitui, omite e inverte as palavras; 
- vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes; 
- não lê com fluidez; 
- tem pouca compreensão na leitura oral; 
- omite consoantes finais na leitura oral; 
- pestaneja em excesso; 
- fica vesgo ao ler; 
- tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam; 
- apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras. 


2- Escrita 

- A criança inverte e troca letras maiúsculas; 
- não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas; 
- pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto; 
- move e coloca o papel de maneira incorreta; 
- trata de escrever com o dedo; 
- tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc. 


3- Auditivo e verbal 

- A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência; 
- pronuncia mal as palavras; 
- respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido; 
- sente-se enjoado; 
- fica branco quando lhe falam; 
- depende de outros visualmente e observa o professor de perto; 
- não pode seguir mais de uma instrução por vez; 
- põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc. 


4- Matemática 

- O aluno inverte os números; 
- tem dificuldade para saber a hora; 
- pobre compreensão e memória dos números; 
- não responde a dados matemáticos, etc. 


5- Social / Emocional 

- Criança hiperativa, com baixa auto-estima e atenção. 





Fonte: 
http://br.guiainfantil.com/aprendizagem/101-problemas-de-aprendizagem-das-criancas. 


COMO IDENTIFICAR PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM EM SEU FILHO

Problemas de aprendizagem das crianças
Os problemas de aprendizagem atingem a 1 de cada 10 crianças em idade escolar


Os problemas de aprendizagem podem ser detectados em crianças a partir dos 5 anos de idade e constituem uma grande preocupação para muitos pais, já que afetam o rendimento escolar e as relações interpessoais dos seus filhos.

Uma criança com problemas de aprendizagem, pode ter um nível normal de inteligência, de acuidade visual e auditiva. É uma criança que se esforça em seguir as instruções, em concentrar-se, e portar-se bem em sua casa e na escola. Sua dificuldade está em captar, processar e dominar as tarefas e informações, e logo a desenvolvê-las posteriormente. 

Os problemas de aprendizagem podem ter origem biológica ou decorrer de situações externas ao sujeito. 

Algumas crianças podem apresentar problemas de aprendizagem em resposta a um sofrimento ou abalo emocional que estejam passando, seja algum trauma, perda, separação, ou até por simples falta de rotina ou organização dos pais. Nesses casos, a criança pode retomar suas potencialidades cognitivas assim que identificado e superado esse fator externo. No caso de problemas de ordem biológica, a criança precisa ser estimulada e guiada a descobrir uma maneira eficiente de aprender a aprender. Em ambos os casos é muito importante o acompanhamento de um psicopedagogo, o profissional qualificado que será capaz de conduzir esse processo de identificação da falha do processamento da aprendizagem e guiar o aprendiz em um caminho único de descobertas de si próprio, seus limites e potencialidades cognitivas.  

Como detectar problemas de aprendizagem nas crianças

A criança com problemas biológicos específicos de aprendizagem tem padrões pouco usuais em perceber as coisas no ambiente externo. Seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da mesma idade. No entanto, têm em comum algum tipo de fracasso na escola ou em sua comunidade.

Não é nada difícil detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as informações e a formação que recebe. Os pais devem estar atentos e conscientes dos sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema de aprendizagem, quando a criança: 

- Apresenta dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções. 

- Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer. 

- Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar. 

- Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário.

- Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato.

- Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos.

- Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o 'ontem', com o 'hoje' e/ou 'amanhã'.

- Manifesta irritação ou excitação com facilidade. 


Características de alguns problemas de aprendizagem

As crianças que têm problemas de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista obtida do “When Learning is a Problem/LDA (Learning Disabilities Association of America)”, características e/ou deficiências em:

1- Problemas de Leitura (visão)

- A criança se aproxima muito do livro;

- diz palavras em voz alta;

- assina, substitui, omite e inverte as palavras;

- vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes;

- não lê com fluidez;

- tem pouca compreensão na leitura oral;

- omite consoantes finais na leitura oral;

- pestaneja em excesso;

- fica vesgo ao ler;

- tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam;

- apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre outras. 


2- Escrita

- A criança inverte e troca letras maiúsculas;

- não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas;

- pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto;

- move e coloca o papel de maneira incorreta;

- trata de escrever com o dedo;

- tem o pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.


3- Auditivo e verbal

- A criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com frequência;

- pronuncia mal as palavras;

- respira pela boca, queixa-se de problemas do ouvido;

- sente-se enjoado;

- fica branco quando lhe falam;

- depende de outros visualmente e observa o professor de perto;

- não pode seguir mais de uma instrução por vez;

- põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc. 


4- Matemática

- O aluno inverte os números;

- tem dificuldade para saber a hora;

- pobre compreensão e memória dos números;

- não responde a dados matemáticos, etc.


5- Social / Emocional

- Criança hiperativa, com baixa auto-estima e atenção. 


Fonte: 
http://br.guiainfantil.com/aprendizagem/101-problemas-de-aprendizagem-das-criancas.