domingo, 26 de julho de 2015

SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO

Com certeza você conhece jovens que estão sempre com o celular na mão conectados em redes sociais, baixando vídeos, postando selfies, ouvindo músicas e conversando com muitas pessoas, tudo isso ao mesmo tempo. Essa hiperestimulação pode causar a SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado).


SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO


A velocidade dos pensamentos foi aumentada cronicamente, consequentemente, surge uma diminuição da comunicação, da concentração e um aumento da ansiedade.
É o que se passa com os jovens de hoje.
A Síndrome do Pensamento Acelerado(SPA) é uma doença moderna, caracterizada principalmente pelo excesso de estímulos abstraídos da televisão, internet, etc.
Crianças e adolescentes ficam horas e horas "ligados" na internet, falando com ene pessoas ao mesmo tempo no "msn", baixando músicas e videos pro MP4, com a TV ligada e às vezes até falando no celular!... É um estímulo exagerado, cujo resultado final, em termos de rendimento e qualidade de vida, é baixíssimo. Isso porque, nosso sistema nervoso não foi criado pra essa avalanche de informações.
A ansiedade da SPA, em contrapartida, gera uma compulsão por novos estímulos, numa tentativa de a aliviar. Embora menos intenso, o princípio é semelhante ao da dependência psicológica das drogas. Quanto mais elas são usadas mais as pessoas ficam dependentes.
Os portadores da SPA adquirem uma dependência de novos estímulos na ânsia de encontrar algum que os alivie. A agitação na cadeira, a conversa com o colega do lado, a desconcentração etc, são formas de aliviar a ansiedade provocada pela SPA.
A educação está em crise. Os alunos estão alienados, não se concentram, não têm prazer em aprender e são ansiosos.
As causas principais resultam do sistema social que estimulou de maneira assustadora os fenômenos que constroem os pensamentos.
O palco da mente dos jovens de hoje é diferente do dos jovens do passado.
A qualidade e a velocidade dos pensamentos mudaram.
Hoje, os educadores têm menos capacidade de influenciar o mundo psíquico dos jovens. As imagens que a televisão mostra (mais de sessenta personagens por hora com diferentes características de personalidade) são registadas na memória e competem com a imagem dos pais e professores.
As consequências são nefastas, uma vez que os educadores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico dos seus educandos. Os seus gestos e palavras não têm impacto emocional, precisando frequentemente, os educadores de gritar para obterem o mínimo de atenção.
Outros sintomas da SPA são fadiga excessiva, sono insuficiente, irritabilidade, esquecimento, sofrimento por antecipação, aversão à rotina, dores musculares e de cabeça e especialmente, o aumento da violência e da alienação social.
O excesso de estímulo de informação, a paranóia do consumo e da estética provocado pela televisão, atingem a emoção que, por sua vez, dificulta a interiorização e provoca uma perda de prazer pelas pequenas coisas do dia-a-dia.
Quem tem SPA não consegue gerir os pensamentos plenamente, nem tranquilizar a sua mente. O perfil da síndrome é peculiar. Primeiro, a luta para conquistar algo, mas quando o alvo é atingido, logo se perde o prazer. Isso parece familiar? É só analizar uma criança que recebe um tão esperado presente, nos dias de hoje.
O excesso de pensamentos do Homem moderno é o maior "vilão" da sua qualidade de vida..
" Pensar é excelente, pensar muito é péssimo "
Quem pensa muito tem um trabalho intelectual mais intenso e rouba a energia vital ao córtex cerebral, está mais preocupado, logo, fica mais "estressado".
Por sua vez, os lapsos de memória dos "acelerados" são mais frequentes do que se imagina. Recentes manchetes de jornais constatam isso através de sucessivos casos de pais e mães acusados de negligenciar os filhos(esquecendo-os no carro, por exemplo). Seriam os excessos sobre a mente causando a falha da memória?
Há um século, a velocidade dos pensamentos dos jovens era inferior à atual, por isso, o modelo de educação do passado funcionava, embora, não fosse o ideal.
A criança de sete anos de idade da atualidade tem mais informação na memória do que um ser humano de setenta anos há um ou dois séculos.
As teorias educacionais e psicológicas do passado quase não funcionam, porque, os professores falam, esforçam-se, mas os alunos estão agitados, inquietos, desconcentrados e viajando no tempo.


(Resumo/Adaptação) "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes" - Augusto Cury
* Augusto Jorge Cury é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Desenvolveu a teoria da inteligência multifocal, sobre o funcionamento da mente e o processo de construção do pensamento. Dentre suas obras podemos destacar: “Pais brilhantes, professores fascinantes”, “Filhos brilhantes, alunos fascinantes” e “Inteligência multifocal”, como leituras importantes para os pais e educadores de modo geral.]

QUANDO CHEGA A HORA DE IMPOR LIMITES

Algumas crianças aos dois anos de idade nem saíram das fraldas mas já querem mandar em todos da família. É hora de mostrar quem manda para não criar uma situação de grandes conflitos no futuro.

Uma das tarefas mais difíceis na educação das crianças é o momento de impor limites. Muitos pais não sabem a hora certa de negar as coisas para seus filhos, porém quando limites não são impostos, eles terão dificuldade de aceitar um simples não.
Não existem regras para dar liberdade ou não as crianças, afinal, cada família deve levar em conta os costumes próprios e a confiança que o filho tem.
É importante ressaltar que a família e a escola têm papel fundamental na educação de valores para as crianças. Os pais que sempre estão por perto e mostrem com exemplos e atitudes o que é certo, permitem a construção de um comportamento mais maduro por parte dos filhos. Vale ficar atento por que os filhos também costumam fazer pedidos inesperados aos pais como uma forma de testá-los.
Crianças, a partir dos 2 anos, começam a ter autonomia natural e é necessário que os pais entendam este processo de crescimento pelo qual passa o filho. É preciso deixar a criança livre para que ela aprenda a se defender, porém, sempre estando por perto para se fazer presente e preocupado para que ela não cresça infantilizada.
Sempre equilibre os desejos com o que é permitido. A criança não poderá escolher se vai estudar ou não, ou se fará a lição de casa ou não, mas poderá escolher o esporte que vai praticar, por exemplo. Por isso se faz necessário acompanhar de perto o crescimento dos filhos para que você faça que ele entenda que cada escolha tem hora certa e acarretam renúncias.
Ou você também pode atender aos pedidos da criança conforme ela mostrar que é responsável e sabe se colocar bem nas situações cotidianas. Com isso, você colabora para que ela seja mais capacitada ao enfrentar dificuldades e crie soluções próprias para seus problemas.
Se seu filho pede para dormir fora de casa, na casa de um amiguinho, o que você fará? Normalmente, ainda mais nesta idade, a resposta é não. Porém as coisas não funcionam assim. Verificar o que acontece no mundo da criança, quem são seus colegas, seus pais e que tipo de criação que recebe, é o primeiro passo. E isso deve estar de acordo com a criação dada ao seu filho. Se estiver tudo bem, não há por que não permitir que seu bebê durma na casa do amiguinho, afinal, este é o momento ideal para que ele comece a pôr em prática a socialização fora do ambiente do lar.

Por Paula R. F. Dabus
http://supernanny.com.br/

Não é TDAH! É excesso de estímulos no ambiente


Muitas vezes a criança recebe antecipadamente o "rótulo" de hiperativa! Principalmente, se a pessoa que levantou esta hipótese não tiver muito conhecimento e informações sobre o assunto, poderá chegar a essa suspeita precocemente, simplesmente pelo fato da criança não parar quieta ou ter dificuldades em manter a atenção. Mas na verdade chegar ao diagnóstico de TDAH, não é tarefa simples e muito menos fácil.

Pra começar, não existe um exame clínico que possa oferecer este resultado. É necessário, profissionais qualificados e capacitados para fechar o diagnóstico. Geralmente, composto pela equipe multidisciplinar: psicopedagogo, fonoaudiólogo, neuropediatra e psicólogo.

Importante lembrar, se a criança convive em um ambiente onde recebe muito estímulo, há brigas constantemente, tem noite de sono mal dormida, passa no momento por problemas emocionais, fica exposta há barulhos sonoros com volume mais alto que o recomendado, e fica muito tempo exposta a equipamentos eletrônicos como: vídeos games, celulares, tablets e conectadas a jogos que estimulam violência, certamente, esta criança pode apresentar um comportamento mais agitado e ter dificuldades em manter a atenção, decorrente de todos estes fatores que ela recebe diariamente.

Portanto, o diagnóstico correto faz toda a diferença e é extremamente importante fechá-lo o quanto antes. Podendo, os pais buscarem ajuda junto a profissionais qualificados para obter as orientações e iniciar o acompanhamento, que em muitos casos se faz necessário.

Quando medicamentoso, somente o médico tem autonomia para receitar e deverá acompanhar o paciente, agendando consultas regularmente.

As ações terapêuticas geram resultados positivos e melhoram muito o desenvolvimento da criança, agindo no seu comportamento e desempenho cognitivo.

Por Karla Carvalho
http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com.br/



8 JOGOS QUE IRÃO TORNAR AS FÉRIAS DA CRIANÇADA MAIS DIVERTIDA:

Que tal chamar a criançada para colocar a "mão na massa" e fazer das férias momentos divertidos e de muita aprendizagem?

Sem contar que fazendo isso, dará a oportunidade a eles de colocar a criatividade pra fora e poderá trabalhar a atenção, concentração, orientação espacial, percepção visual e raciocínio lógico. Além de ser muito divertido!

Abaixo algumas dicas de jogos feito com materiais recicláveis:

1) Acerte na lata: Com latas usadas, de extrato de tomate ou outros, você consegue fazer um personalizado e divertido jogo. Escolhendo o personagem que desejar ou o da preferência da criançada, fica legal se você colocar atrás da lata um número, assim se jogar em grupo, aquele que acertar a maior quantidade (soma), ganha a brincadeira. Escolha uma bola pequena, mas que tenha um certo peso.

2) Jogo de dama: Faça uma base em MDF / PAPELÃO / EVA ou CARTOLINA, e utilize tampas de garrafas pet ou de suco. Utilize a criatividade e bom jogo!!

3) Boliche de garrafa Pet: Garrafas pet's vazias, enfeite conforme a preferência, coloque pedrinhas ou algo que de um peso para que elas fiquem em pé. Compre uma bolinha ou fabrique vc mesmo, com massa de modelar ou papel marche.

4) Jogo da memória: Utilizando embalagem de leite, após recortar um quadrado do tam. da sua preferência, pinte um dos lados e cole a figurinha que desejar e por dentro cole numerais ou imagens repetidas. É diversão garantida!!

Outra versão do jogo da memória:
5) Jogo das letras e palavras: Utilizando tampas de garrafa pet, tinta guache, papel ofício e canetinha você consegue criar um jogo super bacana e que ajuda no processo da aquisição da leitura e escrita. Uma dica você pode dividir este jogo em vários níveis.
Veja:
A. Peça que a criança organize em ordem alfabética e identifique as letras;
B. Faça pequenos cartões com palavra ou figuras (dependendo do nível da escrita da criança) coloque dentro de um saco e peça que ela pegue um. A figura ou palavra que ela pegar deverá montar através do jogo;
C. Depois peça que ela registre escrevendo em um papel;
D. Poderá formar frases também.


6) Jogo da velha: Utilizando bandejas de isopor (aquelas de mercado), fita adesiva colorida e algumas tampas de garrafa pet, montamos um prático jogo da velha. Quem quiser caprichar pode pintar a bandeja de tinta guache.


7) Acerte o alvo: Utilize o rolo de papelão (daqueles papéis absorvente de gordura), uma base para colar estes rolos (pode ser tampa da lata de extrato de tomate ou nescau ou até mesmo um recorte de prato plástico), e argolas de plásticos. Enfeite da forma que preferi os rolos e aproveite a brincadeira. Ganha que conseguir acertar com a argola o alvo.


8) Quebra cabeça de palito de picolé: Compre um saquinho de palitos, coloque 10 palitos lado a lado, faça de um lado a base, passe uma fita durex larga para que o palito não descole enquanto você ou a criançada faz o desenho. Se preferir, faça um risco e de para criança colocar em cima, assim fica mais fácil. Pinte e espere secar. Depois que secar basta remover a fita e embaralhar e dar para a criança montar. Fica muito divertido!


















Por Karla Carvalho
http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com.br

O QUE É LETRAMENTO?


Letramento não é um gancho
em que se pencura cada enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da tv
e mesmo monica e cebolinha nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegrama de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para paises desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um átlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é sobretudo,
um mapa do coração do homem,
uma mapa de quem você é,
e de tudo o que você pode ser.

(Kate M Chong)

sábado, 4 de julho de 2015

RECONHEÇA SINAIS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DO SEU FILHO

Observar como a criança faz as lições de casa e o que diz sobre a escola ajuda a identificar problemas sérios.

É possível perceber desde cedo se seu filho tem dificuldades escolares ou algum transtorno mais sério. Se a criança está indo mal na escola, o primeiro passo é conversar com os professores, para saber se os problemas de aprendizado são pontuais ou já persistem há algum tempo.
Outra ação, recomenda Sandra Torresi, professora de neuropsicologia na Universidade de Morón, na Argentina, é checar se a visão e audição da criança estão bem. “Quem não enxerga o que está na lousa e nos cadernos ou não ouve a professora não aprende.” Eliminando a chance de algum problema sensorial, é hora de buscar indícios de distúrbios de aprendizado.

Confiram algumas dicas:
* O primeiro e mais claro sinal de dificuldades escolares ou transtornos é o baixo desempenho na escola. Procure saber se seu filho está sempre atrás em relação aos colegas, tem notas muito baixas ou não consegue aprender conteúdos básicos.
* A criança que tem desempenho médio, mas realiza um esforço extraordinário ou faz tudo com lentidão acentuada também deve ser observada.
* Fique de olho se há quedas inesperadas no desempenho. Alunos com leves problemas no processamento de informações, por exemplo, podem aprender a ler, mas têm dificuldades quando as exigências em torno da compreensão de leitura aumentam.
* Seu filho enrola ao máximo para começar a fazer a lição de casa? Pode ser uma forma de se poupar de fazer tarefas que são penosas ou impossíveis.
* Observe ainda se seu filho faz lições com pressa, deixando-as incompletas.
* Reclamações de cansaço, dor de estômago e outros incômodos para não ir à escola podem indicar desconfortos relacionados ao estresse.
* Queixas gerais sobre a escola, como dizer que os colegas são chatos, que a professora é injusta, também devem ser observadas.
* Se seu filho se queixa de que as lições são muito difíceis ou que as aulas são entediantes, ele pode estar com dificuldades para acompanhar a turma.
* Dependendo do temperamento da criança, as dificuldades de aprendizagem podem ter reflexos no comportamento e em seu humor. Problemas como medo, raiva ou ansiedade excessivas devem ser investigados, assim como atitudes antissociais e escapistas.
* Perda de confiança e de autoestima são os “efeitos colaterais” mais comuns de dificuldades de aprendizagem. Estudantes com baixo desempenho a longo prazo tendem a se ver como incapazes de aprender. Fique atento quando ouvir de seu filho frases como: “Sou burro mesmo”, “Não tenho jeito”, “Não consigo fazer nada direito”.

Fontes: Sandra Torresi, da Universidade de Morón, e o livro “Dificuldades de Aprendizagem de A-Z: Guia Completo para Educadores e Pais”, de Corine Smith e Lisa Strick (Ed. Penso).

ENTENDENDO OS DIS: DISLEXIA, DISORTOGRAFIA, DISGRAFIA, DISCALCULIA

A identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores e os pais para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.
O diagnóstico que envolve a exclusão de outras condições e dificuldade por parte da criança, deve voltar-se para uma série de sinais e sintomas muito peculiares, que podem sugerir a suspeita e levar a procura de profissionais especializados para tal diagnóstico.

Foto de Construindo o Aprender - Psicopedagogia.
Para cada hipótese, temos um entendimento neurológico e evolutivo de cada expressão e seu respetivo significado:
1- Dislexia
Dislexia é a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal).
Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado nas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas.
Essas intervenções devem valorizar as funções viso-motoras da criança, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabendo-se que sua rota fonológica é prejudicada).

2- Disortografia
Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde.
Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Deficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita.

3- Disgrafia
Não se pode confundir ou comparar a disgrafia com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias.
A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor (psicomotricidade fina e visual alteradas).

4- Discalculia
A discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para adquirir a adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação.
Não é causada por nenhuma deficiência mental, deficits auditivos e nem pela má escolarização.
As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que é pedido nos problemas propostos pelo educador (professor/pais).
Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, subtrair, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para a criança entender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento (dados da Academia Americana de Psiquiatria).
De um modo geral, o prognóstico das crianças com discalculia é melhor do que as crianças com dislexia, ou pelo menos, elas tem sucesso em outras atividades que não dependam desta área de cálculo numérico.
Caso tenha notado um ou mais dessas características em seu filho, agende uma consulta, procure ajuda especializada.

"Porque aprender é um direito de todos!"

Artigo original: Profª Telma Pântano - Adaptação: Profª Lana Bianchi e Profª Vera Mietto
www.ceitec.com.br, 01.08.2013


DESCUBRA COMO VOCÊ PODE AJUDAR SEU FILHO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

O processo de alfabetização não é fácil e requer muito trabalho e empenho de todos os envolvidos. Ele engloba muitos aspectos que dizem respeito não só à maturidade congnitiva, mas também à maturidade emocional da criança, sendo um processo que se inicia anos antes do 1º Ano e não termina completamente nesta série.
A participação da família, durante todo esse período, é fundamental. Os pais podem fazer muito para ajudar os filhos no processo de alfabetização. É muito importante que sejam propiciadas situações em família com o objetivo de que a criança leia e escreva, independente das tarefas enviadas pela escola. O meio que a criança vive faz toda a diferença. Quando a criança é exposta a situações de leitura, ela terá mais interesse e, provavelmente, alfabetizar-se com mais facilidade.
A prática da escrita e leitura se faz, muitas vezes, de forma não sistematizada, por isso a família tem um papel estratégico, estimular a interação da criança com a língua escrita nos mais variados contextos.
Os livros, claro, são um começo inesquecível. Desde os voltados para os bebês, até os com frases maiores e histórias. Mas há disponíveis, também, diversas boas opções que têm o alfabeto e a possibilidade de brincar com as palavras como tema. Isso também é alfabetização, sabia?
Esse é o papel da família, oferecer opções e fazer desse momento puro prazer.
Porém atenção para não transformar a sua casa em filial de sala de aula. A ideia não é brincar de criar pequenos gênios, mas sim de dar as melhores condições para o processo de alfabetização!

Aí vão algumas dicas que, com certeza, ajudarão neste processo, independente do método ou proposta pedagógica utilizada pela escola em que seu filho está matriculado:

- Busque, fora do contexto escolar, situações para leitura e escrita, optando por textos e livros mais simples, curtos e de fácil entendimento. Podem também ser textos escritos pelo adulto. Incentive-o a confeccionar listas de supermercado, bilhetes, agendas, diários, entre outros, mesmo que ele ainda não esteja alfabetizado, motive-o a escrever.
- Tire as dúvidas, leia e escreva as palavras que a criança não conseguir ler ou escrever.
- Na hora de ler, vá passando o dedo (o seu e o dela) nas palavras. Mas pode ir além, como ler jornais, revistas, fazer bilhetes, lista de supermercado.
- Se perceber que seu filho(a) está com muitas dificuldade, reveze a escrita e a leitura com ele(a). Leia uma página e ele(a) outra. Isso também pode acontecer com trechos de textos e frases.
- É comum, nesse momento, que algumas crianças ainda utilizem variados tipos de letras na hora de escrever, pois elas podem estar experimentando ou mesmo buscando a que acha mais "fácil", recursos esses que devem ser respeitados e direcionados de forma coerente e tranquila. Aos poucos, com intervenções e sinalizações positivas e sentindo-se mais seguras, possivelmente essas crianças irão definir o padrão de letra.
- Demonstre motivação, paciência e interesse pelo que a criança está escrevendo e lendo. Encontre tempo e disponibilidade para acompanhar as tarefas de seu filho(a).
- Busque horários e locais adequados para as tarefas de casa e para as atividades de "letramento". Mesmo motivadas, a escrita e a leitura não podem competir, por exemplo, com a televisão, com o irmão muito menor que mexe em tudo, com os videogames, com o horário do desenho predileto ou do playground, entre outros.
- Se a criança demonstrar desinteresse pelo convite à escrita e leitura, não desista. Busque outro horário, outro momento, insista, mas sempre com bom senso.
- Visite bibliotecas e livrarias com a criança e exercite com ela a escolha de títulos. Busque conhecer suas preferências literárias. Você pode se surpreender...
- Envie para a escola, mesmo que não tenham sido solicitados, pesquisas, textos, material de leitura em geral, que você tenha trabalhado com a criança, de forma que ela possa socializar com os colegas e professor.
- Não deixe de fazer a leitura dos livros enviados pela escola e de outros títulos que você oportunizar a ele.
- Ao final da leitura de um livro ou texto, comente sua opinião sobre o que foi lido e pergunte o que ele(a) achou, que parte mais gostou, se indicaria para outra pessoa, entre outros. Isso é fazer a criança perceber a "função social da leitura e da escrita", afinal, não se aprende a ler e escrever somente para fazer tarefas escolares.
- Incentive e elogie cada avanço e conquista, afinal, a apropriação do código escrito não é uma tarefa fácil.
- É comum que os pais tenham dúvidas sobre o processo. Se isso acontecer, busque a Escola e a Equipe Pedagógica da Instituição em que seu filho leciona.
- Cuidado com a ansiedade. Apesar de você já ter ouvido, diversas vezes, que cada criança tem seu ritmo no processo de aprender a ler e a escrever e que o interesse pelo universo letrado varia para cada um, a angústia pela confirmação de que essa etapa será alcançada pelo seu filho sem sofrimento é quase inevitável, justamente pelo fato de a alfabetização ser um marco no processo da educação de qualquer criança. É importante ter atenção dobrada para que sua ansiedade não atrapalhe a relação que seu filho vai estabelecer com esse desafio. 
- O mais importante: divirta-se e emocione-se com este momento mágico e surpreendente da vida de seu filho(a), pois ele tende a passar muito rápido.

*Fonte: